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domingo, 27 de maio de 2012

Não desista da caminhada

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Juízes 6:11 “Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas”.

Juízes 6:13 “Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas”.

Neste caminho para a terra prometida existem serpentes. Às vezes, falta água, e o calor é intenso. Mas não estamos sós. O Senhor está conosco. Pode parecer contraditório. Como disse Gideão: “Se o Senhor é conosco, por quê tudo isso nos sobreveio?” (Jz.6). Nem o anjo respondeu. Apenas deu uma ordem: “Vai, Gideão, e livra Israel dos midianitas”. Estamos sempre querendo entender a situação. Estamos fazendo tantas perguntas, mas muitas delas não são respondidas por Deus. No céu não tem departamento de informações. “As coisas ocultas pertencem ao Senhor.” (Dt.29.29). O Senhor quer que deixemos as perguntas e nos concentremos na missão. “Vai, Gideão, e livra Israel.” Você não precisa entender. Precisa obedecer.

O caminho é difícil, mas precisamos continuar caminhando.

Pensemos, por exemplo, na trajetória de José, filho de Jacó. Depois de seus sonhos maravilhosos, precisou encarar uma realidade que mais parecia um pesadelo. Nada parecia se encaixar com as promessas de Deus para ele. Primeiro, a inveja por parte dos irmãos. Depois, escravidão. Como se não bastasse, calúnia e prisão. E lembre-se de que ele era um servo fiel a Deus. José foi acusado de um crime que não cometeu. Ele foi vítima de uma injustiça. E o mais incrível é que Deus não interferiu para livrá-lo daquela situação. A acusação injusta foi mantida e José passou alguns anos na prisão. Podemos perguntar: por quê Deus permitiu essa injustiça na vida de José? Por quê Deus permite que sejamos vítimas de injustiças? Podemos responder apenas: faz parte do caminho. Aquele que comete a injustiça contra nós será penalizado, mas tudo isso contribuirá para alcançarmos o que Deus tem para nós no futuro. Todos os fatos da vida de José acabaram por conduzi-lo à realização dos seus sonhos. Todos aqueles males contribuíram para que José chegasse a se tornar governador do Egito.

Deus tem suas maneiras de fazer as coisas. Não vamos entendê-lo. O que nos cabe é continuarmos em nossa atitude de fidelidade ao Senhor. Ao seu tempo, Deus honrará a cada um de seus filhos. “Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” (Gal. 6.9). “E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” (Rom.8.28). “Porque, para mim tenho por certo que as aflições deste mundo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rom.8.18).

Se tivermos forças para caminhar, não podemos ficar parados. Em qualquer área da nossa vida, o caminho para a excelência é muito longo, mas precisamos dar o próximo passo, sem demora. O tempo passa rapidamente. Um dia, olharemos para trás e faremos um balanço da nossa vida. O que teremos realizado? O tempo é agora. Levantemo-nos para agir, utilizando o potencial que Deus nos deu.

Por quê muitos deixam de usar a capacidade que Deus lhes deu?

A vida nos coloca diante de inúmeras possibilidades e oportunidades, mas deixamos de aproveitar muitas delas. Por quê isso acontece? Um dos motivos é que estamos satisfeitos com o que já realizamos.

A satisfação é um estado desejável. Vivemos em busca desse sentimento, que envolve senso de realização nas mais diversas áreas da vida. Entretanto, estar satisfeito pode ser algo perigoso, por mais estranho que pareça. Existe um risco sutil na felicidade de uma conquista. Isto ocorre, sem que se perceba, quando alguém se satisfaz em um estágio abaixo de seu potencial e de suas reais possibilidades.

Em nossa trajetória, é justo que nos alegremos em cada nível alcançado, mas não podemos deixar de olhar para o alvo. Precisamos sempre avaliar aonde ainda podemos chegar. Não devemos ficar parados na posição atual, a não ser que saibamos ser esta a expressa vontade de Deus para nós. Geralmente, ele quer nos levar além, mas nós queremos recuar.

Vencemos uma batalha, mas a guerra ainda não acabou. Ganhamos um jogo, mas o campeonato precisa continuar. O alpinista se alegra em cada trecho escalado, mas não pode parar no meio da montanha. Ele precisa sempre olhar para cima e continuar. Não existe mérito em se chegar ao meio da jornada. É um lugar perigoso. A queda é sempre iminente.

O ser humano, em geral, é propenso ao comodismo. E quando se trata de uma posição alcançada com grande esforço, a acomodação parece até justificável. Talvez o estágio alcançado seja bom, e isto é enganosamente satisfatório. Acontece, que poderíamos ter chegado a excelência, mas ficamos contentes com muito menos.

Vejamos alguns exemplos bíblicos: Eliseu mandou que o rei Jeoás, num ato profético, ferisse a terra com uma flecha. Ele o fez por três vezes. Então o profeta, indignado, explicou que este seria o número de vezes que o rei venceria os Sírios. Ele poderia ter ferido a terra muito mais e suas vitórias seriam numerosas. Contudo, ficou satisfeito com pouco (II Rs.13.18-19).

Temos uma missão, possuímos dons e um grande potencial. Podemos tanto e realizamos tão pouco. Ficamos satisfeitos com parte, enquanto a plenitude nos espera. Nesse caso, nos assemelhamos aos discípulos de Jesus, que estavam satisfeitos em Jerusalém, quando Deus os queria levar aos confins da terra (At.1.8). Para isso, precisou utilizar a perseguição como incentivo ao movimento.

Antes de sua tribulação, Jó conhecia algo sobre o Senhor. Ele parecia estar satisfeito. Afinal, era homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal (Jó 1.1). Contudo, haveria de aprender infinitamente mais, a ponto de dizer: “Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5).

Nas áreas em que atuamos na obra de Deus, alcançamos a excelência? Talvez não, por causa da enganosa satisfação que sentimos com o medíocre estado conquistado.

Muitos líderes estão satisfeitos com os poucos membros de sua congregação. Cada um deles é uma dádiva divina, mas será este o limite do potencial que Deus deu aos seus servos? Nossos talentos podem ser multiplicados (Mt.25.14). O Senhor no-los deu porque viu que tínhamos capacidade para o trabalho bem sucedido.

Esta deve ser uma das principais diferenças entre os servos de Deus mencionados na bíblia e os da atualidade. O capítulo 11 de Hebreus nos dá uma série de exemplos de pessoas que fizeram muito, extrapolaram seus limites, e encerra dizendo que Deus reservou algo ainda maior para nós, que somos a sua igreja.

Deus não faz grandes coisas na vida daqueles que já estão satisfeitos com sua religiosidade, sua experiência ou seu nível espiritual.

Como sair desta condição de paralisia espiritual? Precisamos repudiar a idéia de que sabemos muito ou já realizamos o suficiente. Estamos apenas começando. Pensemos na grandeza do pensamento divino, ainda que não possamos perscrutá-lo. Deus estaria satisfeito conosco?

Por outro lado, não queremos ser eternos insatisfeitos ou sentirmos a insatisfação vivida pelo filho pródigo na casa do pai. Nossa inconformação deve ser razoável, realista, baseada na palavra de Deus e em suas propostas para nós.

Na vida estudantil ou profissional, no ministério e na santificação pessoal, existe muito a ser alcançado.

”Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” Rm.12.2.

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